Redes Sociais tendem a mudar a relação dos utilizadores com a alimentação
A Fundação Waitrose apresentou o relatório Food & Drink Waitrose 2016, que conclui que as redes sociais mudaram a nossa relação com a comida, avança a revista Grande Consumo.
O estudo destaca quatro tendências essenciais, resultantes da ação de partilha de imagens de alimentos nas redes sociais, apontando para a necessidade de se estar atento aos interesses dos utilizadores, das suas tendências, e de outras questões relacionadas com a alimentação, de forma a satisfazer e suprir as necessidades identificadas e aumentar as vendas.
Segundo a Waitrose, cada vez mais pessoas veem a alimentação como parte da sua identidade e querem mostrar o que comem e como comem. As pessoas envolvem-se na cozinha com o propósito de partilhar, dar a conhecer, divertir-se e seduzir (gastronomicamente falando) outros utilizadores de redes sociais. Segundo o relatório, um em cada cinco cidadãos britânicos publicou uma foto de alimentos nas redes sociais ou enviou a um amigo.
Mais de 2% dos britânicos partilhou uma fotografia de alimentos durante o último dia, 44% das pessoas que publicam fotografias de alimentos tendem a preparar pratos que se destacam por serem ricos e visualmente atraentes. As fotos publicadas no Instagram de receitas elaboradas causam um aumento na venda dos ingredientes que as compõem. A Waitrose coloca alguns exemplos de pratos que foram estrela no último verão nas redes sociais e a sua correlação com o aumento das vendas na cadeia de supermercados.
Alimentos Frescos e Saudáveis ganham terreno
Algo significativo é a partilha de receitas de culinária saudável. Cerca 75% dos usuários de redes sociais dizem que as refeições saudáveis que preparam são comuns na vida quotidiana. 60% escolhe mais alimentos frescos e bebidas mais saudáveis e alimentos como a farinha de coco, água de cato, sementes e grãos merecem destaque, assim como a dieta vegetariana e, nomeadamente, uma dieta ovovegetariana, que se destaca pelo consumo de legumes e ovos.
80% dos utilizadores das redes sociais têm em conta onde são produzidos os alimentos e como são cultivados. 30% pensa e preocupa-se mais com o meio ambiente e a sociedade, número inferior face há cinco anos. 46% reduziu o desperdício de alimentos, o que foi conseguido graças a compras menores que permitem gerir melhor as sobras. Registou-se um aumento na venda dos chamados frutas e legumes feios, e já tende a perder importância a aparência dos produtos, se o sabor que oferecem é de qualidade.
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