top of page

Javalis causam prejuízo de 985 mil euros na cultura do milho

O aumento descontrolado da população de javalis que se tem verificado nos últimos anos em Portugal, está a causar avultados e crescentes prejuízos no sector agrícola nacional.

De acordo com um levantamento promovido pela ANPROMIS, os prejuízos provocados pelos javalis na cultura do milho dos associados da associação representaram, em 2018, um valor a rondar os 985 mil euros.

De forma a definir um conjunto de medidas para minimizar o problema, a ANPROMIS, a ANPOC, a AOP e a ANPC manifestaram junto da CAP a sua preocupação com este tema e a necessidade de se tomarem medidas no mais curto espaço de tempo.

Aumentar o esforço de caça

Segundo fonte institucional da Anpromis, algumas das principais medidas debatidas passaram pela urgência em “aumentar o esforço de caça e autorizar acções de controlo de densidades para mitigar os avultados prejuízos causados em determinadas culturas agrícolas mais intensivas, entre as quais o milho, mediante a realização de batidas, montarias e esperas”, indicando ainda que, em certas regiões mais críticas, é inclusivamente necessário implementar Planos Globais de Gestão que permitam o controle das elevadas densidades das populações de javalis aí existentes.

Apoios do PDR 2020

Paralelamente, “importa prever no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), um concurso específico que permita o financiamento da instalação de cercas, que possibilitem minimizar os prejuízos provocados pelos javalis”, adianta a Associação de Produtores.

Prevenir a presença da Peste Suína Africana

Por outro lado, as associações consideram fundamental que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) estabeleçam, desde já, medidas para prevenir o possível aparecimento da Peste Suína Africana em Portugal, nomeadamente através da diminuição das densidades excessivas de javalis. Por último, consideram também “imperioso uniformizar os critérios de apreciação de pedidos de controle de densidade ao nível das distintas Direcções Regionais Conservação Natureza e Florestas (DRCNF) não criando entraves na apreciação dos pedidos de correcção de densidades apresentados, como tem sido prática.”

A ANPROMIS e a ANPC reiteram a “necessidade das autoridades nacionais competentes, à semelhança do que está a ser efectuado em outros Estados-membros, tomarem as medidas necessárias de uma forma firme, célere e concertada, revertendo a situação actual de descontrole que se vive em certas regiões do país, que penaliza muito seriamente os agricultores locais, constitui uma fonte crescente de risco sanitário para a suinicultura nacional e é a causa de um significativo aumento do número de acidentes rodoviários originados nas estradas portuguesas, não esquecendo também os enormes impactos que estes animais têm, quando em densidades excessivas, nos povoamentos florestais jovens e na vegetação em geral, incluindo flora protegida rara, como é o caso da serra da Arrábida”, acrescenta.

0 visualização0 comentário