Investigadores aumentam produtividade do arroz em 54%
O arroz é um cereal da maior importância na alimentação mundial, alimentando cerca de 50% da população global e tem uma extraordinária capacidade para sobreviver em condições ambientais adversas e em constante alteração.
Uma equipa de investigadores do centro de investigação britânico John Innes Center e da Universidade Agrícola de Nanjing, na China, desenvolveram cultivares (variedades) de arroz com uma maior capacidade para gerir os seus próprios níveis de pH, o que lhes permite absorver um número significativamente maior de nitrogénio, fósforo e ferro do solo e, como consequência, aumentar o rendimento da cultura em até 54%.
A investigação centrou-se em descobrir como as plantas de arroz mantêm o pH em ambientes variáveis.
Os investigadores determinaram que o gene do arroz OsNRT2, que cria uma proteína responsável pelo transporte de nitrato, pode ativar ou desativar o transporte de nitrato e a função do pH interno da célula vegetal. Quando esta proteína se manifesta em maior quantidade nas plantas de arroz, verificou-se que estas tinham maior capacidade de resposta às alterações de pH. Isto permitiu a absorção de uma quantidade muito maior de nitrogénio, ferro e fósforo.
Estas plantas de arroz proporcionaram maiores índices de produtividade do que as convencionais: até 54% mais rendimento. Nestas plantas, a eficiência na aplicação do nitrogénio aumentou até 40%. Esta nova tecnologia foi patenteada, e já três empresas manifestaram interesse em desenvolver novas variedades a partir desta inovação tecnológica.
“Agora que sabemos que esta proteína pode aumentar consideravelmente a eficiência do nitrogénio e a produtividade, podemos começar a produzir novas variedades de arroz e outros cultivos. Esta descoberta é um passo significativo para sermos capazes de produzir mais alimentos com um menor impacto ambiental”, afirmou Tony Miller, responsável pela investigação.
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