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Greening dos Citrinos: investigadores identificam fase mais vulnerável à infeção

Um investigador Norte-Americano descobriu que o desenvolvimento foliar desempenha um papel crucial na probabilidade de infeção de Greening dos Citrinos (HLB) nas explorações, provoca pelo inseto conhecido como Psila Africana.

O estudo realizado pelo entomologista David G. Hall, do Serviço de Investigação Agrícola (Agricultural Research Service – ARS) dos EUA, pode ser uma ajuda muito útil na condução e determinação dos tempos de aplicação de inseticidas para controlar esta grave doença, também conhecida como Huanglongbing (HLB), e que recentemente chegou a Portugal.

Num relatório publicado, a ARS enfatizou que o Greening dos Citrinos custou aos produtores de citrinos do Estado da Flórida 1.6 mil milhões de euros desde 2005, altura do aparecimento do inseto nesta Região deste inseto transmissor da doença.

A praga, que se alimenta de folhas de árvores infetadas e transporta a doença para outras árvores, espalhou-se para outras regiões de produção dos EUA, como o Texas e o Arizona, e foi avistada no sul da Califórnia, onde fortes medidas de contenção foram aplicadas. Na sua investigação, David Hall estudou se as árvores eram mais suscetíveis quando produziam novas folhas – uma fase cíclica que ocorre entre três a quatro vezes por ano.

“Os ciclos de renovação foliar nas árvores de citrinos na Flórida ocorrem em fevereiro, final de maio e final de agosto. Porém, os investigadores podem induzir novos desenvolvimentos foliares em praticamente qualquer altura do ano, através do corte de ramos”, reporta a ARS.

Método e Resultados

Os investigadores cortaram os ramos de três diferentes grupos de árvores em três intervalos de tempo. O primeiro grupo foi cortado três semanas antes de ser exposto ao Greening dos Citrinos, para simular as árvores no estágio final de desenvolvimento foliar. O segundo grupo foi intervencionado uma semana antes da exposição à praga, para simular o estágio inicial de desenvolvimento foliar, e no último grupo foram cortados os ramos uma semana após a exposição para simular árvores que não se encontravam em desenvolvimento foliar.

Os investigadores introduziram a praga e deixaram atuar pelo período de uma semana, avaliando os níveis de infeção 6 meses depois.

“Os resultados indicam que árvores que se encontram com desenvolvimento foliar têm rácios de infeção muito mais elevados do que as árvores que não se encontram nesta fase, e o primeiro grupo (estágio final de desenvolvimento foliar) teve as taxas de infeção mais elevadas”, assinala a ARS.

“Num teste, as árvores expostas à praga no estágio final de desenvolvimento foliar registaram uma taxa de infeção de 80%, as expostas durante o estágio inicial de desenvolvimento registaram 23% de taxa de infeção, e o grupo que não se encontrava em estágio de desenvolvimento teve uma taxa de infeção de apenas 3%.

“Esta descoberta mostra aos produtores a importância de monitorizar e controlar esta praga quando as árvores se encontram em fase de desenvolvimento foliar, e é nas árvores que se encontram no estágio final de desenvolvimento foliar que se deve concentrar a aplicação de inseticidas”.

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