Doenças no Mirtilo: a primavera como fator de risco
A quase totalidade das mais graves doenças no mirtilo que afetam a planta de mirtilo na Região Norte e Centro de Portugal tem o seu período crítico entre os meses de março e junho.
Os fungos causadores das doenças fomopsis, pitium, phytophtora, antracnose e botritis, só para mencionar os fungos mais agressivos e que mais problemas têm trazido ao mirtilo, têm, na primavera, as condições mais propícias para a sua instalação e causar danos.
São as temperaturas amenas, considerando como temperatura mínima indicativa os 10ºC, e a chuva, quer molhando as folhas e ramos, quer elevando a humidade do solo, que levam à propagação do fungo, a sua reprodução, infeção e, por consequência, o aparecimento de danos nas plantas.
Alguns destes fungos, sobretudo os que atacam as raízes ou jovens ramos, podem provocar a morte da planta ou de muitos ramos. Outros, de forma direta ou indireta, podem levar a uma drástica redução da produção, por exemplo, levando ao apodrecimento de flores.
Agora que os mirtilos estão em floração, é muito importante vigiar as condições climáticas e a sua influência nas flores. A ocorrência de chuva pode justificar a intervenção com fungicidas, para controlo da botritis.
Em todo este período, o mirtilo está também muito exposto à fomopsis, o que pode levar a que dois ou três meses mais tarde se comece a ver o aparecimento de ramos secos, ou ramos verdes murchos subitamente (sobretudo quando se aproximar o Verão).
Diagnóstico e Ação
Onde os técnicos diagnosticarem a presença de infeções primárias, ou com elevado risco de ocorrerem infeções, poderão vir a ser recomendadas aplicações de fungicidas também para evitar a propagação da doença.
As aplicações de fungicidas devem ser realizadas logo que indicado, nem antes nem depois do momento ideal.