Aplicação de limites máximos de apanha do mirtilo na Argentina causa polémica
“Esta quantia representa metade do que é colhido nos picos de produção”, afirmam os representantes da Indústria de Mirtilos da Argentina.
Uma das maiores associações de produtores de mirtilo contestou uma nova lei que determina o valor máximo de colheita diária por trabalhador, defendendo que a mesma irá afetar seriamente a competitividade internacional daquele país.
No final do ano passado, a Comissão Nacional para o Trabalho Agrícola da Argentina (CNTA), acedeu a um pedido do Sindicato de Trabalhadores Rurais daquele país, determinando os 25 kg como o valor máximo de colheita permitido para um trabalhador.
Esta lei foi publicada a 29 de dezembro, em contraponto com o valor de 40kg/dia publicado por um outro órgão governamental argentino, a AFIP, no dia anterior.
“Este valor é quase metade do que é colhido na época alta, nos meses de outubro e novembro, por exemplo, e aplicar esta decisão significa exclusivamente que iremos deixar de poder competir no mercado internacional”, afirmou Omar Chiarello, Presidente de uma Associação de Produtores da Argentina, em comunicado, veiculado pelo portal internacional FreshFruit.
Chiarello explicou ainda que o valor de 40kg por dia avançado pela AFIP estava mais em linha com a média da Indústria, e a sua redução irá afetar ainda mais um setor que já foi afetado por preços baixos de venda no ano passado. “Esta nova medida terá um impacto nefasto no setor”, afirmou.
Um membro do Comité Argentino de Mirtilos adiantou que a medida é aplicável a toda a fileira de mirtilos daquele país, e que as associações rejeitam esta decisão e estão agora em conversações com o Ministro da Agroindústria da Argentina.
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